Situado em um golfo no Oceano Índico entre a África e a Ásia, o Canal Vermelho, também conhecido como Mar Vermelho, possui suas raízes histórias citadas em várias tradições religiosas.

Uma delas está no episódio bíblico do Êxodo, onde Moisés teria dividido as águas para permitir a fuga dos israelitas do Egito. Já do ponto de vista científico, alguns estudiosos sugerem que eventos naturais, como ventos fortes, podem ter influenciado fenômenos semelhantes.

Devido à sua localização estratégica, conectando as duas regiões mencionadas através do Canal de Suez, o Canal Vermelho conta com uma grande reputação no comércio internacional. De acordo com especialistas globais, 12% de todo o tráfego marítimo do mundo passa lá. 

Neste Blog Descartes, entenda mais sobre o Mar Vermelho e sua relação com o comércio exterior da atualidade.

O Canal Vermelho é também considerado uma rota marítima estratégica por ligar diversas partes do Mediterrâneo ao Oceano Índico. Daí a sua importância estar na facilitação do transporte de mercadorias entre Europa e Ásia, já que encurta distâncias ao mesmo passo em que reduz custos logísticos para navios que evitam o longo contorno do continente africano.

Segundo dados coletados pela Administração de Informação sobre Energia dos EUA em 2023, aproximadamente 8% do comércio mundial de gás natural liquefeito passou pelo Canal de Suez e pelo estreito de Bab el-Mandeb (Mar Vermelho), ao sul.

O mês de novembro de 2023 foi a prova de que eventos geopolíticos e questões de segurança são capazes de impactar a dinâmica do comércio no Canal Vermelho.

Desde então, a região deixou de ser a primeira — e principal — opção para transportes marítimos, como de petróleo, por conta de ataques de militantes Houthi, predominantemente do Iêmen.

O grupo é politicamente alinhado ao Irã, que é um dos países mais afetados justamente por ser responsável por significativas produções de Petróleo.

Isso porque a oferta global é comprometida, especialmente após o conflito entre Israel e Hamas, em outubro do mesmo ano. O grupo tem realizado constantes ataques a navios comerciais em sinal de apoio ao Hamas.

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Embora seja motivado pela guerra entre Israel e o Hamas, os inimigos são declaradamente o país judaico e os Estados Unidos. Dessa forma, é inevitável que os ataques não elevem custos e impliquem em atrasos no comércio global.

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