A Guerra na Ucrânia, iniciada em 2022, tem sido uma aposta para o Cazaquistão expandir sua economia. Localizado na Ásia Central e fronteiriço à Rússia, o país possui uma forte base primária, mas está determinado a se tornar o maior fornecedor para o Brasil de mercadorias que antes eram importados da Rússia e da Ucrânia.

A relação existe há anos, contudo, em agosto de 2023, o Cazaquistão abriu um consulado honorário - responsável apenas de promover os interesses do país - em São Paulo, dando início à nova fase.

As relações bilaterais foram estabelecidas em 1993 e ganharam impulso após a abertura da Embaixada residente do Brasil em Astana, em 2006, e a visita do presidente Nursultan Nazarbayev a Brasília, em 2007. (Ministério da Economia)

Um dia antes dos ataques russos, a Ucrânia havia contabilizado o envio de 43 milhões de toneladas de diversos grãos para o Brasil, consolidando uma próspera parceria econômica dentro do setor na época.

Contudo, com o começo da guerra, o país suspendeu a exportação de fertilizantes minerais – como nitrogênio, potássio e fósforo — para manter o equilíbrio no mercado doméstico.  

O cenário continua semelhante e trouxe chances ao Cazaquistão. Até julho de 2023, as vendas de lá para cá somaram cerca de US$ 53,9 milhões, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Leia mais no Blog da Descartes: Qual é a relação da Ucrânia com a América Latina?

Para o Brasil, a proposta é substituir a Rússia no ramo de produtos como ureia, nitrato de amônia, carvão betuminoso, destilados e fungicidas. No lugar da Ucrânia, primordialmente fertilizantes.

Atualmente o Cazaquistão é o 9º país do mundo em extensão territorial, logo depois da Argentina – que é atendida por ele através de uma embaixada em Brasília.

Além do Brasil, em que há planos concretos para o crescimento da relação bilateral, Argentina (21,8%) Chile (8,9%) recebem exportações de produtos primários do Cazaquistão, segundo o governo do país.

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