PESQUISA DO GRUPO DESCARTES SYSTEMS APONTA O BRASIL COMO UM DOS LÍDERES NA EXPORTAÇÃO DE BATERIAS DE LÍTIO
Uma pesquisa realizada pelo Grupo Descartes Systems, um dos líderes globais na união de negócios intensivos em logística no comércio, apontou que o Brasil está se tornando uma potência na exportação de lítio e principalmente das baterias de íons de lítio, depois que este mineral se tornou um dos elementos químicos mais importantes para o futuro de diversos setores da economia. O levantamento foi possível, pois a Descartes é uma companhia que possui presença global, conta com mais de 20 mil clientes espalhados por todo o mundo e 20 anos de mercado focado em soluções de logística, comércio exterior e supply chain. O grupo fornece soluções sob demanda de software como serviço, focadas na melhoria da produtividade, desempenho e segurança de negócios de logística intensiva. A sede fica em Waterloo, Ontário, Canadá com escritórios e parceiros em todo o mundo. Deste modo, a pesquisa foi extraída da ferramenta da companhia denominada Datamyne, que abrange um total de 230 mercados em cinco continentes. Além disso, o serviço apresenta transações comerciais em mais de 80 países e acompanha 76% das exportações e importações do planeta. O levantamento evidencia que em 2020, o país exportou, aproximadamente, o valor de US$ 2.611.646 em baterias de íons de lítio. Somente em 2022, o país já aumentou sua exportação em aproximadamente 38.6% e atingiu a quantia de US$ 3,620,891. Além disso, os países que mais importaram o elemento mineral do Brasil foram Estados Unidos, México, Romênia e Vietnã.
Helen Abdu, Responsável pelas soluções Global Trade Intelligence da Descartes na América Latina, disse: “Nós sabemos que durante a pandemia e em detrimento da guerra entre Rússia e Ucrânia, o mercado de componentes eletrônicos ficou escasso. Aliado aos acontecimentos, o lítio apresentou um desempenho fundamental para os novos carros elétricos que chegam ao mercado e também entre outros mercados. O Brasil possui um grande papel, pois visualizamos que o país cresce em número de exportação do elemento químico. Portanto, essa enorme capacidade do país deve chamar ainda mais a atenção de diversos segmentos que utilizam o material para o desenvolvimento de produtos.” O estudo também revela que os Estados Unidos lideram a corrida pelo lítio. O país desenvolveu uma meta para eletrificar tudo o que for possível. Além disso, subsídios governamentais, incentivos fiscais e mandatos de políticas locais e nacionais estão sendo implantados para acelerar a transição para edifícios e veículos totalmente elétricos. O aumento pós-pandêmico nas importações de baterias de lítio dos EUA ressalta o desafio de atender à demanda crescente. Os dados do comércio global indicam que o volume de importações dos Estados Unidos do segundo trimestre deste ano ficou no mesmo nível do mesmo trimestre de 2021, avançando apenas 1,2%. Mas uma comparação ano a ano com o 2T20 mostra um aumento de quase quatro vezes de 283,8% no 2T22.
Helen Abdu diz ainda que “Por fim, visualizamos que o Brasil além de possuir um enorme potencial para o crescimento e desenvolvimento do lítio, órgãos responsáveis também colaboram diretamente para o momento. Um decreto publicado recentemente pelo governo federal prevê um investimento de R$ 15 bilhões na produção do minério até 2030. Deste modo, caso consigamos traçar um cenário favorável para a produção e desenvolvimento interno do lítio, transição de políticas energéticas voltadas para o mercado de fontes renováveis e crescimento da demanda, podemos afirmar que o Brasil pode se tornar um grande exportador mundial.”